Ânima - Milton Nascimento

Lapidar
Minha procura toda
Trama lapidar
O que o coração
Com toda inspiração
Achou de nomear
Gritando alma

Recriar
Cada momento belo
Já vivido e mais
Atravessar fronteiras
No amanhecer
E ao entardecer
Olhar com calma, então

Alma vai
Além de tudo
Que o nosso mundo
Ousa perceber
Casa cheia de coragem
Vida
Tira a mancha que há no meu ser

Te quero ver
Te quero ser

Alma

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Vale do Itajaí em estado de alerta

Boa tarde, galera!

Venho compartilhar com vocês um pouco da minha preocupação e dos acontecimentos destes últimos dias.
Quarta-feira da semana passada (dia 21 de abril) começa a chover à tardinha. Não é anormal chover, então, nada de preocupações. Mas esta chuva só dá um pouco de trégua na sexta-feira, dia em que um professor meu comenta que o rio já estava com 4 metros acima do nivel e que a previsão pra este final de semana era de muita chuva.
A gente se preocupa, mas tem que continuar vivendo. Então sexta à tarde eu fui pro meu estágio, dar duas aulas de ciências sobre sistema reprodutor feminino e fecundação em uma sétima série. E logo depois, como a escola que eu estou estagiando fica perto da rodoviária (e a chuva tinha dado uma trégua), vou pra lá à pé pois tinha passagem comprada para ir pra Joinville visitar meus pais.


Nível do rio em Blumenau ontem à tarde.

E neste final de semana não parou de chover. Ontem comprei minha passagem pra voltar pra Blumenau hoje pela manhã, mas antes de sair de casa lá pelas 6 e 40 da manhã entro na internet e confiro o nível do rio em Blumenau: 7,76. E agora? Decido ir pra Blumenau. Meu pai me leva até a rodoviária e no meio do caminho me pergunta se não é melhor ficar (acho que ele também ficou apreensivo). Vendemos a passagem e continuei por aqui.
Mas, o que me preocupa não é a enchente, sabe? A previsão pros próximos dias não é de chuva. A maioria das casas que alagam podem ser limpas e as pessoas voltam a morar nelas. É claro que elas também perdem, mas perdem muito menos do que outras, ainda tem seu ponto de referência.
O que me preocupa são as pessoas que vivem em locais de risco e que a qualquer momento podem perder suas casas e tudo que tem nelas simplesmente porque a terra cedeu e levou todos os sonhos e lembranças da família que alí morava.
Não sei se eu estou certa em pensar assim, mas... Pessoal, ainda tem gente que perdeu tudo em 2008 na catástrofe e que está em ABRIGOS! Depois de dois anos, ainda tem famílias em abrigos.

E é nesta hora que eu agradeço por nada ter acontecido comigo e com a minha família, pois alguns familiares também moram em Blu.
E penso que algo tem que ser feito. Mas já tentamos fazer no festival OASIS em outubro/novembro do ano passado e tudo o que foi pensado e planejando para aquele festival (pensar em estratégias para tornar SC sustentável) não aconteceu pois a comunidade que precisaria participar não estava presente. E o pessoal do movimento discutiu sobre isso no final de novembro em Paraty e chegamos a conclusão de que as pessoas de Santa Catarina não estão prontas para discutir sobre e firmar este pacto de sustentabilidade. Mas quando, então?

Juro pra vocês que estou pensando com todo o coração o que poderia ser feito.
Se alguém puder me ajudar com algumas idéias espetaculares.

Me despeço de vocês com a cabeça a mil e o coração apertadíssimo.
Uma boa semana e muita energia positiva pra todos.

sábado, 17 de abril de 2010

Tarefas 3 e 4

Boa tarde , galera!

Gostaria de pedir desculpas por ter atrasado 3 dias para dar notícias... Já havia pensado em todo o projeto da minha MUDANÇA, já tinha pedido autorização para meu orientador (coordenador do LIE) e já tinha falado com a galera. Fiz todo o esquema de apresentação no papel, mas tive uma certa dificuldade em trabalhar com o prezi. Dificuldades vencidas, venho compartilhar com vocês o que tem passado pela minha cabeça e qual a mudança que iniciará na segunda-feira.

Não entendera muita coisa do que eu compartilhei? Então entra neste link que você vai ficar sabendo... http://prezi.com/8duynve_n8qv/alinhando-me/

Um beijo carinhoso a todos e bom final de semana.

domingo, 11 de abril de 2010

Minhas doações e uma linda surpresa!

Bom dia galera!
Venho (beem empolgada) contar-lhes hoje sobre duas coisas...
A primeira é sobre as minhas sementinhas da garrafa PET. Vocês não tem noção da minha felicidade ontem quando vi que elas germinaram... Ganhei meu dia!!! Hoje, quando acordo... Outro presentaço! Elas estavam o dobro do tamanho de ontem.

Minhas lindas sementes germinadas: lado esquerdo elas ontem (com 1 cm), lado direito elas hoje (com quase 3 cm).

Bom, agora que passou um pouco a euforia (espero acordar amanhã e elas estarem maiores ainda), venho contar pra vocês sobre as minhas doações.
Há mais ou menos três meses me mudei. Morava com um amigo e resolvi morar sozinha. Quando cheguei na minha atual casa (uma kitinet), arrumei todas as minhas coisas e, não tendo onde guardar minhas roupas, fiz uma separação do que eu usava e do que não usava mais, para doação. Fiz isso também com alguns livros e materiais da faculdade.
As roupas, foram com a minha mãe pra Joinville. Ela e o meu pai são luteranos e participam da diretoria da igreja, que normalmente faz doações para as pessoas que vão lá uma vez por mês para receber cestas básicas (que também são arrecadadas pela igreja).
Os livros e materiais eu doei tanto para a biblioteca da universidade quanto para o laboratório que eu trabalho, que chama-se LIE (laboratório de instrumentação para o ensino). No LIE nós fazemos empréstimos do material que temos lá que é de ciências para alunos e professores já formados. A idéia é transformar uma aula chata em uma aula legal através de diferentes recursos.

Enfim... Acho que adiantei a tarefa em dois meses sem saber. Pena que, como não sabia, não tirei fotos pra mostrar pra vocês. :(

Bom, queria fechar aqui dizendo que toda esta vivência está sendo linda demais. Os guerreiros que conheci nesta caminhada já fizeram tudoa valer a pena. Bora fazer deste caminho o mais espetacular possível.

Super beijos.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Boa noite, queridos!

Hoje venho compartilhar com vocês minha lista de coleta seletiva da semana (afinal, fiquei de escrever na terça, mas não tive tempo durante esta semana)... Fico admirada mesmo como a grande quantidade de lixo que produzimos provém da nossa alimentação. Acho que o único reciclável que eu comprei nesta semana que não se enquadra em alimentação é uma embalagem de escova de dentes. De resto, as duas caixinhas de barras de cereal (com três embalagens de barrinhas dentro), as três latinhas de chá, os 10 pacotinhos de papel de padaria, a caixa de leite, a caixa de bombons (que virou caixa pra guardar tintas) e as duas garrafas de refri que a nossa equipe bebeu no laboratório, TUDO é para alimentação.

A maioria destes itens que citei acima, foram pro lixo da coleta seletiva, que eu levo pra FURB. Lá, a gente tem um programa de coleta bem forte e a cada passo tem os lixeiros da coleta seletiva que as moças da limpeza recolhem e levam prum galpão que a gente tem para separar bem certinho (tem sempre os engraçadinhos que jogam o lixo na lixeira errada) e enviar pra uma cooperativa de coleta seletiva.

O lixo orgânico foi pouco, pois eu almoço fora todos os dias... Algumas cascas de banana e sementes de maçã que infelizmente foram pro lixo orgânico, já que não tenho composteira nem minhocário ou algo assim. Um dos planos é montar um destes aqui em casa. Estou trocando idéias com o pessoal do projeto de perma e logo logo iremos colocar a mão na massa aqui em casa mesmo!!

As duas garrafas PET que usamos no laboratório e iriam pro lixo reciclável viraram vasinhos para o projeto que eu e uns amigos estamos montando de Permacultura Urbana dentro da universidade. Eu acho que já tinha comentado sobre o projeto, mas não tinha explicado. Nossa idéia é fazer rodas de conversas e debates sobre a permacultura e colocar a mão na massa em apartamentos ou casas com pouco espaço para se ter uma horta no quintal, plantando as hortaliças em potes (no caso as garrafas PET cortadas) e adaptando isto para cada ambiente.


Materiais que aguçaram minha criatividade para preparar os vasos.


A PET pintadinha e pronta para ser cortada e colocar terra.


A primeira PET, sem pintar, com solo e sementes.


Bom, estou feliz com esta primeira etapa do projeto. Agora é cuidar das sementinhas e esperar pra que elas brotem, lindas e saudáveis.

Quero compartilhar com vocês que tentei ligar várias outras vezes pra coopertativa que eu tentei ligar na segunda e não tive êxito! Mas segunda tentarei novamente e qualquer novidade, conto contente pra vocês.

Bom, acho que por hoje é isso. 
Super beijos para todos e um final de semana espetacular!

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Segunda Etapa: Reciclagem

Boa tarde, galera!!!

Começamos então a segunda etapa desta linda e desafiante caminhada...
Pois então... Desde muito tempo a coleta seletiva faz parte do meu dia-a-dia. Lá em casa tenho duas lixeiras, uma para o lixo orgânico e outra para o reciclável. Mas, começando a refletir mais sobre isso ontem, quando começamos esta etapa, me questionei sobre várias coisas importantes...
Para onde vai o lixo depois que sai da nossa casa? Como funciona a coleta seletiva na minha cidade? Ela realmente existe?
Hoje pesquisei sobre todos estes questionamentos e vejo números que não quero acreditar! Em Blumenau, a coleta seletiva começou em 1990. Passou por várias "mãos" e hoje é gerenciada por uma cooperativa. Somente 4,4% do material potencialmente reciclável do município é comercializada e menos da metade das ruas da cidade são beneficiadas com o recolhimento do lixo reciclável.
Tentei ligar em uma das cooperativas que fazem a reciclagem para saber como funciona e conhecer o local, mas não atenderam. Amanhã, quem sabe!
Fonte dos números e mais algumas curiosidades: http://www.recicloteca.org.br/Default.asp?ID=22&Editoria=4&SubEditoria=13&Ver=1
Bom, ontem não produzi muito lixo diretamente. Tomei café da manhã na casa da minha tia em Erechim. Na estrada eu, minha mãe e meu pai compramos 3 garrafinhas de água e sempre que parávamos para abastecer o gás, enchíamos as garrafas com a agua do posto. Paramos umas 3 vezes, isso dá menos 3 garrafas.
No almoço, paramos em um restaurante. Nada de lixo visível, mas com consiencia de que muito lixo foi produzido para fazer aquele almoço. Sacos plásticos com o arroz, feijão, carne, bandejas de isopor, caixas de leite, etc. Tomamos ainda uma garrafa de coca-cola retornável. Menos uma PET.
À noite, comi um pão de queijo que estava em um saco de papel (foi pro lixo reciclavel pois estava sem gordura).
E ainda durante o dia comi alguns chocolates que vieram com o "coelhinho".. hahaha. Estas embalagens plásticas foram limpas (as que estavam sujas) e foram para o lixo reciclável.

Durante o dia de hoje, até o momento... De manhã comi outro pão de queijo (mais um pacotinho de papel para o lixo, mas dessa vez para o orgânico, afinal é celulose com gordura), no almoço fui pro restaurante (mais uma vez lixo produzido indiretamente), e hoje á tarde eu comi uma salada de frutas que estava em um potinho plástico, que vai para minha casa para ser lavado e usado para guardar comida.
Durante esta tarde também, fui ao supermercado e, por ter esquecido da sacola ecológica, peguei três sacolas plásticas, que vão para o lixo para armazenar os outros lixos.
Percebi nestes dois dias, que a maioria do meu lixo provém das embalagens usadas em alimentos. Com vocês também é assim???

Bom, boa noite e nos falamos amanhã.
Super beijos.

Sites legais que encontrei:
http://www.cempre.org.br/
http://www.clicrbs.com.br/especial/sc/dsm/19,0,2583995,Cooperativa-assume-reciclagem-de-lixo-em-Blumenau.html
http://www.natureba.com.br/sucateiro.htm

Reciclagem

sábado, 3 de abril de 2010

Meu propósito

Porque eu quero participar do GSA 2011?

Quero auxiliar como eu puder para a mudança do mundo com o que eu mais AMO, que é a VIDA. Unir a biologia com a sociedade de forma que todos entendam que a natureza é importante e mais que isso: TEM O MESMO DIREITO A VIDA DO QUE NÓS é um grande desafio e eu acredito que tem que ser de maneira divertida e envolvente, assim eu gostaria de me aprofundar na metodologia do programa para levar meu projeto e meu sonho adiante.

Minha ação

Você já fez algo que demonstra que você é um guerreiro sem armas? Conte para nós.

Tive alguns desafios ao longo da minha caminhada. Mas acho que alguns dos maiores desafios foram: enfrentar a vida de morar sozinha, trabalhar e estudar (hoje eu me viro super bem com esta rotina) e os oásis que eu participei sempre com algo novo e desafiante. Outro grande desafio foi escolher uma faculdade que não é muito reconhecida, mas fiz isso com todo o coração. Acredito também que todos somos guerreiros, cada um ao seu modo, lutando por aquilo que acha que é certo. Se isso é pouco? Pode ser que sim, mas cresço cada vez mais e... Teste-me. Darei o melhor de mim.

Algo coletivo e transformador que eu participei? Na verdade é algo que está para acontecer. Normalmente dentro da universidade, as pessoas são paradas. Vão da sua casa para a faculdade e voltam. Então, eu e dois amigos resolvemos que vamos abalar as estruturas das pessoas que estão ao nosso redor fazendo umas indagações sobre permacultura. E realizar palestras, discussões, e multirões pra levar a permacultura pra dentro de apartamentos e casas com pouco quintal. Estou muito empolgada com o início do projeto, onde estamos fazendo a divulgação das primeiras reuniões. Aceito sugestões e colaborações.
Que já aconteceram eu cito o OASIS Paraty e o OASIS Santa Catarina. Mas, sinceramente o Paraty mexeu mais comigo, pois mesmo estando doente (peguei uma gastrointerite) participei ativamente e vi até onde era capaz de chegar. Acho que construiu mais pra mim também pois estive acompanhando desde o princípio de toda estrutura e organização. Mexeu muito comigo o primeiro lugar escolhido para realização do mão na massa. Era um matadouro de gado clandestino fechado há muito tempo. Mas a energia do lugar não era nada boa. No segundo dia, resolvemos mudar o local. Daí em diante, só tivemos presentes.

 Oasis Paraty: desafiando a saúde e o amor.


Uma das melhores coisas do mundo!

Meu compromisso

Quais são seus planos? O que você vai fazer quando voltar do programa?

Meus planos? Correr atrás dos meus sonhos. Pretendo estudar como unir o que eu aprenderei no programa com meu sonho de transformar a visão das pessoas sobre sua relação com a natureza. Terminar minha faculdade (na metade de 2012), ir morar em Paraty e quem sabe montar a equipe pra trabalhar com a “nova educação ambiental” lá. Fazer meu mestrado na área da ecologia.

Vídeo: Paciência - Lenine

Continuando... Quem estou??

Minhas primeiras indagações sobre porque o mundo estava assim e como poderíamos mudá-lo veio quando estava na escola. As discussões sobre política, diferenças sociais, fome e atitudes com a natureza estiveram muito presentes durante meu ensino fundamental e médio. Mesmo assim, nada despertava meu interesse. Minha visão de ONG e ajudas para melhoria destas situações pra mim era muito superficial. Não gostava da idéia de participar de algo que fosse temporário... Chegar a determinado local, passar um dia, tentar impor que as pessoas mudassem seus pensamentos e suas atitudes eram muito superficiais pra mim.
Tenho também outro ponto, que não tenho muita facilidade em dizer, mas vamos lá. Talvez não consiga me expressar bem, mas vou tentar. Desde que me conheço por gente sempre fui uma pessoa esbanjando carinho e amor. Mas à medida que o tempo passa e estamos crescidinhos, os adultos próximos começam a podar este carinho e amor. “Agora não é hora de abraçar.”, “Sai daí que agora eu não tenho tempo.”, “Credo, deixa de ser grudenta.”. E assim eu fui guardando e escondendo este sentimento que eu acho tão lindo e puro.
Bom, tudo isso foi meio que guardado: os sentimentos, o carinho e as indagações sobre como mudar o mundo. Salvo quando eu estava no ensino médio e discutia com um amigo meu sobre política e mundo em geral e discutíamos mesmo... Dizíamos que íamos mudar o mundo. E pra fazer isso brincávamos que iríamos dominá-lo... Nossa, que saudade do Felipe. Ele foi uma pessoa que amadureceu muito essa vontade em mim. Mas eu nunca sabia como colocar a mão na massa.
Do meu período do ensino médio vem minha vontade de cuidar da vida. Minha admiração pelos seres que são tão diferentes, mas tão mágicos foi imensa. Por isso, na hora de fazer minha inscrição no vestibular escolhi a tão fascinante Biologia. E cada dia que passa acho que me fascino mais. E me preocupo mais também. Mas minha vontade de mudar é muito grande...
Daí então, conto sobre meu primeiro e mais importante sonho: fazer algo para que as pessoas percebam como eu quão maravilhosa é a natureza e quão importante é entrarmos em equilíbrio com ela. E que não somos superiores a qualquer vida que exista no planeta e sim IGUAIS. E então eu chego mais perto desta realização do meu sonho: Santa Catarina, julho de 2009. Oásis Santa Catarina. Não conhecia, não sabia o que era. Participei como representante do meu trabalho. E tudo mudou uma noite antes do começo, num encontro na “casa Blu” onde a equipe Garra de Blumenau e os organizadores tiveram uma conversa. E o Edgard começou a falar sobre o Oásis e ele falou com um amor tão grande, que aquele meu amor, que estava guardado em sete chaves estremeceu dentro de toda aquela crosta que o escondia. E ele estremeceu mais ainda quando dançamos Kumbalawê pela primeira vez. E aqueles abraços. Ahh, aqueles abraços tão sinceros e amorosos. Foi ali, naquele momento que eu percebi que tudo tinha mudado. Dalí em diante só vi e vivi momentos lindos. Só conheci pessoas espetaculares e aprendi coisas espetaculares. Apaixonei-me pelo fato de poder ser eu mesma e espalhar todo aquele carinho que eu tinha guardado em mim!
Algumas semanas depois veio o click... Posso unir esta nova grande paixão com o meu sonho. E desde então busco... O equilíbrio, o conhecimento, as conversas com pessoas para amadurecer este casamento.
Outros sonhos? Mas claro! Quero morar um tempo em Paraty no RJ para viver mais perto do mar, das lindas cachoeiras e daquela floresta maravilhosa em um sítio cheio de animais e plantas. Quero viver de alimentos mais naturais, entrar cada vez mais em equilíbrio com a natureza. Quero conhecer mais e mais sobre a permacultura e à medida que eu conhecer quero implantar na minha vida. Quero fazer o meu mestrado, trabalhar com ecologia e continuar sempre pesquisando. Quero mais atitude! Quero perder alguns medos. E descobri que querer é poder. Por isso, não vou descansar.

Quais são os meus desafios?


Viver é um desafio! Encarar nossos medos é um super desafio e confesso que tenho muitas dificuldades em encará-los. E é o que eu estou fazendo agora! Participando da primeira de uma super etapa de algo que é muito importante pra mim. Outro desafio importante: envolver as pessoas para que elas entendam que o meio ambiente deve estar em equilíbrio e que nós fazemos parte disso. James Lovelock diz em seu último livro que se o ser humano for extinto, todos os seres viverão. Por isso nós não podemos pensar que NÓS vamos SALVAR O PLANETA TERRA e sim que devemos nos manter aqui, buscando o EQUILÍBRIO.
Outros desafios pra mim são eliminar o excesso de carne da minha alimentação, ser mais saudável, me cuidar mais e me desligar o máximo do consumismo.

Você tem dúvidas profissionais? Quais são?

Essa pergunta é engraçada, pois eu vivo cheia de dúvidas e certezas. Sei que quero trabalhar com ecologia, mas existem tantas áreas! Qual seguir? Amo as florestas, mas também amo o mar. Onde trabalhar? Na verdade a única certeza que tenho é que eu quero que as pessoas sintam este amor que eu sinto pela natureza.

Como se sente?

Depende... Sinto-me realizada quando penso que cheguei até aqui. A faculdade para mim é um grande passo. Mas sinto que tenho MUITO ainda a fazer. Tanto para realizar meus sonhos, quanto para amadurecer. Na verdade viver é um furacão de emoções. Sinto-me triste em ver o mundo como eles está, mas esperançosa em saber que PODEMOS mudar. A cada passo dado, sou uma pessoa mais completa.

Quem estou?

Boa tarde!
Estou meio assustada com o primeiro e-mail que recebi da Val.. Ainda mais que ele já veio cheio de surpresas (ou melhor... tarefas). Por isso, estamos aqui com este blog agora.
Sempre gostei muito de blogs, mas nunca fui muito boa para descrever fatos ou acontecimentos. Espero que eu consiga me expressar bem.

Bom, quais os meus sonhos? Pra explicar alguns deles e acredito que para entender mais sobre mim vou contar um pouco da minha história. Nasci em Curitiba no dia 30 de janeiro do ano de 1990. Meus pais, Celso e Eliane sempre conversaram muito comigo sobre tudo. Minha mãe, enfermeira, trabalhou em postos de saúde e hospitais quando eu era pequena. Então, desde pequena sempre tive contato com o social. Entre campanhas de vacinação, campanhas contra dengue, e contra tantas outras doenças super preocupantes para o sistema de saúde eu sempre acompanhava minha mãe e sempre ouvia histórias de vida magníficas... Algumas super tristes, outras de verdadeiros guerreiros. O meu pai, trabalhava com vendas e está aí a realidade de quem nem sempre estava em casa. Quando eu tinha dois anos, minha vó e meu avô foram morar onde eu morava (tinha me mudado para Ponta Grossa, também no Paraná) e como forma de renda, compraram uma mercearia no bairro que alguns anos mais tarde foi considerado o mais violento da cidade e onde moram até hoje. Eu ia visitá-la e lá também ouvia histórias super diferentes.


 
 Eu quando tinha dois anos de idade na mercearia da vovó.